Curvas e contracurvas para a nacionalização da Unitel

16 Nov. 2022 César Silveira Opinião
Curvas e contracurvas para a nacionalização da Unitel

A nacionalização da Unitel, embora possa parecer uma surpresa, não foi de todo surpreendente pelos acontecimentos à volta da telefonia móvel desde 2018. Aqui pode destacar-se, por exemplo, o recuo do Governo na intenção de privatizar os 25% que o Estado detinha na empresa até 2019. Em vez disso, o Governo adquiriu os 25% que pertenciam à brasileira Oi, tornando-se no maior accionista da empresa. Por que razão o Governo gasta mil milhões de dólares para reforçar a sua posição na Unitel quando já até tencionava vender os 25% que o Estado detinha até então?

A pergunta impunha-se, embora outra questão merecesse atenção especial. Teria sido coincidência o negócio acontecer em Janeiro de 2020, ou seja, alguns dias depois de a Procuradoria-Geral da República decretar o arresto dos bens de Isabel dos Santos, mais concretamente em Dezembro de 2019?

Até então, a empresária manifestava a intenção de reclamar o direito de preferência nos 25% que a Oi pretendia vender. Em outras palavras, se Isabel dos Santos não tivesse qualquer impedimento legal, dificilmente a Sonangol conseguiria comprar os 25% da Oi, visto que Isabel dos Santos estava disposta a comprar a sua quota-parte, no caso 8,3%.

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César Silveira

César Silveira

Editor Executivo do Valor Económico