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Nações Unidas alertam para a necessidade de proteger pradarias marinhas

OCEANOS. Relatório identifica como principais ameaças à sobrevivência das grandes planícies os escoamentos urbanos, industriais e agrícolas, o desenvolvimento costeiro, as dragagens, a pesca não regulamentada, as actividades náuticas e as alterações climáticas.

Nações Unidas alertam para a necessidade de proteger pradarias marinhas

 

As Nações Unidas alertam para a necessidade de protecção das pradarias marinhas e alertam que, desde os finais do século XIX, quase 30% da área conhecida destes ecossistemas no mundo desapareceu.

A importância das pradarias de ervas marinhas e a necessidade de as proteger são o foco de um novo alerta das Nações Unidas, que referem, num relatório, que estes ecossistemas, que continuam em declínio, são “eficazes soluções naturais para o combate às alterações climáticas e contribuem para o sustento de comunidades afectadas por factores de stress como a actual pandemia da covid-19”.

O novo relatório, ‘Out of the Blue: The Value of Seagrasses to the Environment and to People’, publicado pelo programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente em colaboração com o centro GRID-Arendal e o World Conservation Monitoring Centre das Nações Unidas, mostra que, apesar de cobrirem apenas 0,1% do fundo dos oceanos, as pradarias marinhas são importantes sequestradores de carbono, armazenando até 18% do carbono dos oceanos de todo o mundo.

O relatório identifica como principais ameaças à sua sobrevivência os escoamentos urbanos, industriais e agrícolas, o desenvolvimento costeiro, as dragagens, a pesca não regulamentada, as actividades náuticas e as alterações climáticas.

“Manter a saúde dos ecossistemas de ervas marinhas – que fornecem alimentos e meios de subsistência a centenas de milhões de pessoas, apoiam a biodiversidade e constituem uma das reservas de carbono mais eficientes do planeta – é importante para uma vida marinha e humana saudável em todo o mundo”, afirma Susan Gardner, directora da divisão de ecossistemas das Nações Unidas, que lembra que “as ervas marinhas representam soluções poderosas baseadas na natureza no combate às alterações climáticas e no desenvolvimento sustentável”.