Sahle-Work Zewde, de 68 anos, é a nova presidente da Etiópia. A diplomata foi eleita hoje, 25, por unanimidade pelos parlamentares etíopes, após a renúncia do presidente Mulatu Teshome, que ocupava o cargo desde 2013.

Primeira mulher a exercer este cargo naquele país, Sahle-Work é diplomata de carreira e torna-se, assim, na quarta chefe de Estado da Etiópia desde a adopção da Constituição de 1995, que prevê a eleição de um presidente para um máximo de dois mandatos de seis anos cada um.

Actualmente, é a única mulher a governar um país em África. Até antes da eleição, Sahle-Work era representante especial do secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), António Guterres, para a União Africana (UA).

Foi embaixadora da Etiópia no Djibuti, Senegal e França, além de ter também sido representante permanente da Etiópia junto da Autoridade Intergovernamental para o Desenvolvimento, o bloco regional da África Oriental.

As duas câmaras do parlamento não deram nenhuma justificação relativamente à renúncia de Mulatu Teshome, mas acredita-se que o abandono se deveu ao resultado das negociações entre os quatro partidos que formam a coligação no poder, a Frente Democrática Revolucionária do Povo Etíope (EPRDF).

O presidente da Etiópia é oficialmente o chefe de Estado, mas as suas responsabilidades são essencialmente simbólicas e honorárias.

A maior parte do poder está nas mãos do primeiro-ministro, que representa o país nas grandes cúpulas internacionais.