De presa política de uma ditadura, a primeira mulher presidente em África
SUPERAÇÃO. Apelidada de ‘dama de ferro’, premiada com um Nobel da Paz, foi a primeira mulher a ser eleita para presidir um país africano. Economista e antiga presidente da Libéria, casou-se com 17 anos, foi vítima de violência doméstica e assume defender os valores mais tradicionais de África.
Quando chegou à presidência da Libéria, em 2006, Ellen Johnson Sirleaf já tinha, na ‘folha de serviços’, um vasto currículo político, com responsabilidades governativas até a de ter tido a coragem de enfrentar uma ditadura militar. Neste percurso, ainda consta o sucesso alcançado na academia. Foi aliás aí onde começou a galgar a escadaria política. Formada na prestigiada Universidade de Harvard, na escola de políticas públicas, a jovem Ellen ficou cedo marcada pela importância de se formar e pela relevância da política. Oriunda de uma família pobre, de uma zona rural, em que o pai se dedicava à agricultura, Ellen Johnson Sirleaf teve, no entanto, a sorte de o pai lhe transmitir valores mais ligados aos interesses públicos. A começar pelo nome: foi baptizada Ellen, mas o pai acrescentou-lhe o sobrenome Johnson em homenagem ao primeiro presidente da Libéria, neto de escravos. O pai, já a viver na capital, Monróvia, conseguiu colocá-la a estudar num dos melhores liceus liberianos.
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