ORDENADOS. Desde o ano passado, trabalhadores têm recebido os salários com quase dois meses de atraso. Sindicato considera haver “má gestão”. Administração nega.

A Empresa Pública de Águas de Luanda (Epal) tem as contas bancárias cativas, desde Dezembro de 2024, por culpa de dívida com alguns prestadores de serviço. Esta é, pelo menos, a justificação que o conselho de administração apresentou aos trabalhadores para explicar o atraso, de 15 a 20 dias, que se verificam, nos últimos meses, no pagamento dos salários.  

Como consequência dos atrasos, os trabalhadores consideraram recentemente optar por uma paralisação laboral, no dia 6 de Fevereiro. Na sexta-feira, 21, a comissão sindical convocou uma assembleia para discutir o assunto. Na ocasião, o presidente do conselho de administração justificou a situação com o encerramento das contas por causa de dívidas de 1998 a fornecedores que emitiram um processo contra a empresa. Declarações também reafirmadas, ao Valor Económico, pelo director do gabinete de Comunicação e Relações Institucionais da Epal, Vladimir Bernardo. “Desde o mês passado, a empresa já tem trabalhado para a resolução desse problema da cativação das contas”, acautela, entretanto, Vladimir Bernardo, acrescentando que a EPAL conseguiu recorrer a alternativas para o pagamento do ordenado de Janeiro, prevendo também cumprir com o prazo da moratória dada pelos trabalhadores.

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