Alerta OMS

Cinco anos depois, covid-19 já não é vista como ameaça mas continuar a matar

30 Dec. 2024 Agência Lusa Mundo

Cinco anos depois dos primeiros casos de covid-19, que levaram à pior pandemia do século, a doença já não é vista como uma ameaça, mas continua a matar e a manter em alerta instituições como a Organização Mundial da Saúde (OMS).

Cinco anos depois, covid-19 já não é vista como ameaça mas continuar a matar

Em 2024, a agência da ONU foi notificada de três milhões de casos em todo o mundo, muito longe dos 445 milhões registados em 2022, o ano com mais casos notificados, segundo dados divulgados pela agência EFE. 
Em 2024, morreram cerca de 70.000 pessoas, 50 vezes menos do que os 3,52 milhões de mortes contabilizadas em 2021, o ano mais mortífero, de acordo com os números oficiais. 
O vírus SARS-CoV-2 transformou-se, graças às vacinas e à sua evolução para variantes mais contagiosas, mas menos letais, para um agente patogénico comparável à gripe: uma doença que na maioria dos casos causa sintomas ligeiros ou moderados, embora ainda possa ser perigosa para os idosos e outros grupos vulneráveis. 
A OMS estima, através de testes em águas residenciais em diferentes países, que a circulação real do vírus pode ser até 20 vezes superior à estimada oficialmente. E está preocupada com a persistência da chamada "covid longa", que, segundo as suas estimativas, afecta 6% dos casos graves após a recuperação. "Afecta múltiplos órgãos, do coração aos pulmões, ao cérebro ou pode mesmo ter consequências para a saúde mental", sublinhou o especialista americano numa conversa recente no canal de YouTube da OMS para analisar cinco anos da doença.