Antigos trabalhadores da SIIND reivindicam indemnização
Mais de 1.300 antigos trabalhadores das unidades fabris da Sonangol Investimentos Industriais (SIIND), localizadas na antiga Zona Económica Especial Luanda-Bengo (ZEE), reivindicam o pagamento das indemnizações, retroactivos, a dedução do Imposto sobre o Rendimento de Trabalho e inúmeras compensações devidas depois da privatização das empresas desde 2018.

O ‘braço de ferro’ entre a direcção da empresa e os trabalhadores tem estado a provocar várias manifestações à porta da petrolífera estatal, sendo que a última aconteceu na passada quinta-feira (27 de Fevereiro), mas que acabou interrompida pela Polícia. “A manifestação não correu bem porque fomos impedidos pela Polícia que disse que o Presidente estaria a passar por aí e foram detidos alguns colegas. Mas, em Janeiro, tivemos uma conversa com o Ministério que nos deu 45 dias para analisar a nossa situação”, conta Adão Correia, presidente da Comissão Sindical. “A Polícia pediu-nos teoricamente para que esperemos pelos 45 dias dados pelo ministério e que, se não tivermos resolução do diferendo, podemos voltar a manifestar-nos, então estamos à espera”, conta o responsável sindical que declara já terem enviado cartas ao Presidente da República e a vários outros órgãos do Estado.
Os trabalhadores relatam que a Sonangol já terá disponibilizado perto de 16 mil milhões de kwanzas, em 2022, para resolver a situação, entretanto o dinheiro nunca chegou às contas dos trabalhadores. “A direcção SIIND entende que os trabalhadores não têm este direito porque já não fazem parte dos quadros da Sonangol”.
MAIS UMA ‘BANDEIRA’ DE MASSANO