A dívida externa em atraso, no terceiro trimestre, está avaliada em 334,4 milhões de dólares, um aumento de 1,85% face ao mesmo período do ano passado e cerca de 0,5% em relação ao segundo trimestre do exercício corrente, segundo dados do Banco Nacional de Angola (BNA).

Os juros de mora são os que mais contribuíram para o aumento da dívida com uma variação de 2,32%, passando de 64,4 para 65,9 milhões de dólares. Enquanto isso, o capital de mora terminou o terceiro trimestre avaliado em 268,6 milhões de dólares, o que significa um aumento de 1,78%, comparativamente aos 263,9 milhões do mesmo período do ano passado. 

Em termos homólogos, os números reflectem a tendência de crescimento da dívida em atraso desde 2023, quando estava avaliada em 320,7 milhões de dólares como resultado de um aumento de 110,57% face aos 152,3 milhões de dólares do terceiro trimestre de 2022. 

Entre 2023 e 2024, a dívida externa em atraso aumentou 2,36%, passando de 320,7 para 328,3 milhões de dólares. 

Os números do BNA mostram, entretanto, que Angola cumpre religiosamente com os pagamentos aos credores multilaterais, registando-se mais incumprimentos com os credores e prestadores comerciais. O atrasado aos credores comerciais aumentou 1,94% no terceiro trimestre, face ao período homólogo ao sair de 312,9 para 319,1 milhões de dólares.