Achille Mbembe: África como a razão pura
Reconhecimento. Defende o continente, combatendo o que chama estereótipos e mitos impostos pelo Ocidente. Entre eles, combate os religiosos. Ideias e publicações que colocam África valeram ao filósofo camaronês um dos mais prestigiados prémios académicos de 600 mil euros.
Sendo a terra redonda, por que razão, o mapa mundo coloca África em baixo e a Europa e a América em cima? Por que razão, diz-se “velho continente” para se falar da Europa, quando os continentes têm todos a mesma idade? Por que razão, se usa a expressão “negro” para identificar uma raça, um mal ou uma cultura? São esses ‘clichés’ e tantos outros estereótipos que servem de base do trabalho académico do escritor, ensaísta e filósofo Achille Mbembe, vencedor do prestigiado Prémio Holberg, de 2024.
Nascido nos Camarões em 1957, Achille Mbembe é o primeiro africano a ser galardoado com o prémio atribuído pelo parlamento norueguês, que distingue académicos pelas pesquisas e publicações nas áreas de ciências sociais, direito, economia, humanidades e teologia. No caso de Mbembe, o júri reconhece que ele tem “desempenhado um papel importante no avanço do pensamento sobre o racismo e os seus efeitos na subjetividade, particularmente através do conceito de sujeito racial”.
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