CONTAS. Investimentos provocam reservas dos auditores desde 2016. Apenas 12 das perto de 30 participadas garantiram dividendos, que, em 2024, recuaram 8,4% com o grande contributo da Angola LNG. 

A Sonangol continua a ter dificuldades de provar a capacidade de recuperar activos com indícios de perdas, inscritos na rubrica ‘investimentos em participadas’ e ‘outros activos financeiros’ e que provocam reservas dos auditores externos, pelo menos, desde 2016.

Depois de, nesse, apenas os ‘outros activos financeiros’ terem justificado as reservas dos auditores, em 2017 esta rubrica passou a ter a companhia dos ‘investimentos financeiros’ por incapacidade da companhia  de comprovar a “recuperabilidade dos referidos activos”.

No relatório referente ao exercício de 2024, estes activos estão avaliados em mais de 1,2 biliões de kwanzas, dos quais mais de 544,8 mil milhões de kwanzas correspondem a investimentos em participadas e cerca de 666,821 a ‘outros activos financeiros’. 

“Não nos foi possível concluir quanto à recuperabilidade dos referidos activos, nem sobre o impacto que eventuais regularizações possam vir a ter nas demonstrações financeiras”, escreve o auditor, acrescentando que a Sonangol "encontra-se num processo de diligências internas com o objectivo de determinar a plenitude do perímetro de partes de capital de que é detentor”, mas, considerando “que este processo se encontra ainda em curso”, não é “possível concluir quanto à plenitude dos investimentos financeiros em participadas reconhecidos nas demonstrações financeiras consolidadas”.

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