Membros de conselhos de administração de empresas no Brasil ganham entre 2 e 6,3 mil USD
REMUNERAÇÃO. Estudo revela outras curiosidades, entre as quais que o networking é a principal porta de entrada para os conselhos de administraçãoanos. Administradores das empresas brasileiras só ganham menos que os colegas que trabalham no Chile
O salário mensal dos membros dos conselhos de administração das empresas brasileiras varia entre 2 mil e 6.346 dólares, sendo o segundo maior da América Latina, superado apenas pelos salários do Chile que variam entre 2.550 e 6.400 dólares.
Os dados constam de um relatório da Page Executive, unidade de negócios do PageGroup especializada em recrutamento e selecção de executivos, em parceria com a IGCLA (rede de Institutos de Governança Corporativa da América Latina) e com apoio da IFC (International Finance Corporation), do Banco Mundial. O estudo ouviu 900 executivos da América Latina, dos quais 411 brasileiros.
As empresas argentinas, por sua vez, pagam os terceiros salários mais altos, variando entre 825 e 2.475 dólares. No entanto, o estudo mostra que, além dos pagamentos mensais, existem outras modalidades de remuneração como, por exemplo, os pagamentos anuais.
Segundo o levantamento, 32% dos postos dos conselhos na América Latina não são remunerados, o que ocorre especialmente nas empresas menores e de capital fechado. Em 41% das empresas, a prática mais comum é o pagamento mensal fixo que não depende do número de reuniões atendidas.
A compensação variável somente se apresenta em apenas 2% dos casos, enquanto 18% recebem pagamento fixo por reunião e 6% recebem remuneração mensal e variável. Entre os conselhos analisados na região, 37% pertencem a empresas com facturação anual de mais de 200 milhões de dólares.
Além da componente salarial, o estudo revela outras curiosidades. Mostra, por exemplo, que o networking é a principal porta de entrada para os conselhos de administração. Cerca de 45% dos entrevistados chegaram aos conselhos por meio de relações com accionistas e 30% por indicação. Apenas 5% se candidataram e 13% entraram por meio de consultorias.
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