Advogados de São Vicente consideram venda dos hotéis “ilegal” e lembram que isso afasta investidores em Angola
Os advogados do empresário Carlos São Vicente consideram "ilegal" a venda das 43 unidades hoteleiras do gestor, recentemente colocadas no mercado para venda pelo Governo e alertam para o agravamento do estado de saúde do gestor, que se encontra detido na prisão de Viana.
De acordo com os advogados, em resposta ao jornal Valor Económico, o empresário é o único proprietário “legal” de todos os 43 hotéis agora postos à venda na modalidade de venda por negociação, mediante prévia publicação de anúncio e falam em “mau” sinal para investidores que desejam fazer negócio em Angola. “No geral, esta campanha implacável contra São Vicente deve cessar, pois não beneficia ninguém: é um sinal muito mau para qualquer pessoa que deseje investir em Angola, e tomar parte na vida económica do país, como São Vicente procurou fazer”, explicam.
Os advogados lembram ainda que os especialistas da ONU consideraram que Angola estava a violar os direitos fundamentais do empresário e a sua detenção foi considerada “arbitrária”. “Apesar da sua má condição de saúde, os seus repetidos pedidos de tratamento médico têm sido flagrantemente ignorados ou atrasados. A sua detenção prolongada tornou-se profundamente preocupante, expondo-o a consequências graves quanto à sua vida e, em qualquer caso, a tratamentos desumanos e degradantes, quanto a uma violação do seu direito à dignidade e à liberdade”.
O empresário desenvolveu quatro novas doenças na detenção, além das três que já sofria quando foi levado para a Prisão de Viana.
O Estado decidiu colocar novamente à venda mais de uma dezena de hotéis que integraram o Programa de Privatizações (PROPRIV). Desta vez, a modalidade escolhida é a venda por negociação, mediante prévia publicação de anúncio. Esta é a terceira tentativa de alienação destas unidades, sendo que as duas primeiras ficaram “desertas” por falta de propostas.
Os hotéis fazem parte da rede IU, IKA e BINA, que foram apreendidos pelo empresário, Carlos São Vicente, que foi condenado em Março de 2022 a nove anos de prisão pelos crimes de peculato, fraude fiscal e branqueamento de capitais.







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