Personalidade do Ano 2025: a sociedade civil angolana
BALANÇO. Eleger a sociedade civil como Personalidade do Ano é reconhecer o despertar cívico que marcou 2025. Resta saber se este impulso será sustentável e se dará lugar a organizações mais sólidas, lideranças responsáveis e agendas claras.
Em 2025, não foi um político, um empresário ou uma figura institucional a marcar decisivamente o rumo do país. Foi a sociedade civil angolana — anónima, dispersa, muitas vezes desorganizada, mas determinada — que se impôs como a verdadeira personalidade do ano.
Um protagonismo que começou a ganhar forma ainda em 2024, quando sucessivas greves gerais e sectoriais passaram a ser usadas como instrumento de reivindicação face à degradação do poder de compra e à subida desenfreada dos preços. Esse ciclo de contestação culminou, em Maio de 2024, num acordo entre o Governo e três centrais sindicais, que previa um aumento salarial de 25% para os funcionários públicos, com efeitos a partir de Janeiro de 2025.
Contudo, logo no início do ano, o Executivo recuou no calendário acordado, anunciando que o pagamento do novo salário só teria início em Março. "Mais do que o simples incremento, teremos de fazer uma ligeira alteração no decreto legislativo presidencial que no fundo estabelece os escalões e aprova as tabelas salariais, para não permitir que pratiquemos as injustiças", justificava o Executivo na voz do então secretário de Estado para o Trabalho e Segurança Social, Pedro Filipe.
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