Três moageiras garantem ter capacidade para colocar no mercado 60 mil toneladas de farinha de trigo por mês. A Grandes Moagens de Angola, a Kikolo Moagens e a Carrinho Indústrias estão a operar “normalmente” e asseguram “não haver risco” de falta de produto, fez saber em nota, César Rasgado, porta voz das três moageiras nacionais.

A nota acrescenta que as três apostaram numa estratégia de longo prazo e trabalham diariamente para que não se assista a “especulações desnecessárias ou exorbitantes do preço da farinha de trigo”. 

"É certo", afirma o responsável, que “a cotação do trigo, fixada internacionalmente, tem vindo a sofrer pressões em alta nos últimos meses –  situação agravada pela pandemia da covid-19 – e que o aumento das tarifas nos fretes marítimos se tem também repercutido negativamente nos preços. Mas, sendo a farinha de trigo produzida em Angola, conseguimos ter um melhor controlo sobre a distribuição e sobre os preços praticados, ajustando apenas o preço em função do custo de compra da matéria-prima e do seu transporte”.

De acordo com César Rasgado, “a produzir em pleno e sem entraves à aquisição de trigo no exterior, estas três empresas conseguem assegurar as necessidades totais do país – estimadas em 600 mil toneladas/ano – já que em conjunto produzem anualmente 720 mil toneladas”.

A farinha de trigo produzida em Angola, em comparação com a importada, chega ao mercado a um preço mais vantajoso, assegura.

As três unidades de moagem, explicou, estão equipadas com as "mais modernas tecnologias" e empregam mais de 400 pessoas de forma directa e geraram a criação de mais de mil empregos indirectos.