Os Estados Unidos suspenderão voos privados a Cuba, endurecendo a sua ofensiva para prejudicar a entrada de moeda estrangeira em Havana, anunciou nesta quinta-feira o chefe da diplomacia americana, Mike Pompeo, noticiou a AFP.

"A suspensão dos (voos) charters privados vai tirar os recursos econômicos do regime de Castro", afirmou Pompeo em um comunicado.

Pompeo informou que o governo do presidente Donald Trump continuará a cortar a receita que o governo cubano obtém das taxas de desembarque, reservas em hotéis estatais e outros lucros relacionados ao turismo.

Essa ordem afecta todos os voos privados entre os Estados Unidos e os aeroportos da ilha, excepto aqueles destinados a uso médico, de pesquisa e outros itens considerados de interesse dos Estados Unidos.

 Em Maio, o Departamento de Transportes estabeleceu o limite de 3,6 mil voos privados por ano, em linha com a bateria de limitações voltada para o sector de turismo, remessas e actividade econômica da ilha.

Em Outubro, os Estados Unidos anunciaram a proibição de voos para qualquer ponto da ilha que não fosse Havana.

Os Estados Unidos e Cuba, que há seis décadas se enfrentam depois da Revolução, vivenciaram uma reaproximação diplomática promovida pelo então presidente democrata, Barack Obama.

Mas desde a chegada de Donald Trump à Casa Branca, em 2017, Washington endureceu o bloqueio à ilha que está em vigor desde 1962, a por alegar violações aos direitos humanos e apoio cubano ao presidente venezuelano, Nicolás Maduro.