As remessas enviadas por portugueses que trabalham em Angola para Portugal caíram em 2024 cerca  de 14,9% para os 267,61 milhões de dólares, o valor mais baixo dos últimos cinco anos.  

Apesar da redução, Angola continua na lista dos principais emissores de remessas para Portugal, numa lista liderada pela Suíça, França (1108,96) e o Reino Unido (718,81), que, de resto, ocupa a posição que foi de Angola durante vários anos.  

Em sentido inverso, a remessas enviadas pelos angolanos que trabalham Portugal cresceram 29,6%, passando de 26,38 para 34,20 milhões de euros, o maior valor desde 2020. 

Os números vão ao encontro do movimento migratório dos últimos anos. A crise sócio-económica e, sequencialmente, a dificuldade de envio de remessas obrigou muitos portugueses que trabalhavam em Angola a deixarem o país, enquanto muitos angolanos foram para Portugal em busca de oportunidades de trabalho. 

Os números apontam para um aumento de perto de 230%, entre 2017 e 2023, dos imigrantes angolanos em Portugal, passando de 16.854 para 55.589. Em 2023, o número de vistos concedidos a angolanos para Portugal aumentou de 42 mil para 57 mil.