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DADOS SERÃO DIVULGADOS NO DIA MUNDIAL DO AMBIENTE

Angola apresenta lista vermelha de espécies em risco

PERIGO DE EXTINÇÃO. Entre 2007 e 2012, foi criada uma lista vermelha indicativa de animais em estado crítico. Búfalos, chimpanzés, chitas, girafas, gorilas, palanca negra gigante, zebra da montanha, rinoceronte preto, leões e leopardos lideram a lista.

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Uma lista vermelha das espécies da fauna e da flora nacionais ameaçadas ou em vias de extinção esteve em avaliação, na passada semana, em Luanda, por instituições de investigação científica e do ensino superior.

A lista, que deverá ser publicada no Dia Mundial do Ambiente, a assinalar-se a 5 de Junho, faz menção ao estado actual de cada uma das espécies.

Este tratado é uma sequência de trabalhos do Ministério do Ambiente com o apoio de parceiros. A lista vermelha contempla três categorias: espécies extintas, ameaçadas de extinção e vulneráveis à extinção.

Entre 2007 e 2012, em Angola, foi elaborada uma lista vermelha indicativa, mas de mamíferos em estado crítico, na qual se destacam búfalos, chimpanzés, chitas, girafas, gorilas, palanca negra gigante, zebra da montanha, rinoceronte preto, leões e leopardos, pois havia 100 exemplares vivos para cada espécie em todo o país. Os fenómenos naturais como seca e inundações, desmatamento, caça furtiva, exploração mineira e de inertes, queimadas, pesca ilegal, poluição atmosférica são os principais problemas para a biodiversidade angolana.

Apesar destes problemas, Angola alberga uma biodiversidade rica com biomas como o deserto do Namibe, as bacias do Kwanza, do Okavango/Zambeze, do Zaire e a costa atlântica, que parte de Belize (Cabinda) à foz do rio Cunene.

A 3 de Abril, como resultado de uma expedição de conservação da bacia Cubango/Okavango, da National Geographic, realizada entre 2015 e 2016, foram apresentadas 1.050 amostras de plantas, três mil de peixes, 99 de répteis e anfíbios, 407 aves e 43 mamíferos.

Durante a expedição, foram recolhidas 1.050 amostras de plantas, com mais de 40 observadores, sendo 14 delas potencialmente novas e 18 recentemente catalogadas em Angola, incluindo dois novos registos genéricos e 15 espécies nunca anteriormente registadas no Bié, 24 no Kuando-Kubango e 106 no Moxico.

Os peixes são mais de três mil, incluindo 94 espécies inseridas em 14 famílias, das quais cinco anteriormente registadas no sistema Okavango, duas não descritas e outras três representam novos registos para África Austral.

As qualidades não descritas incluem um bagre especializado em viver em zonas pantanosas de turfa e um novo de água doce.

Os répteis e anfíbios atingiram uma cifra de 99 espécies, representando 64 répteis, 30 serpentes, igual número de lagartos, três de quelônios e um crocodilo e 35 anfíbios.

As aves também estão documentadas com 407 espécies, em dois levantamentos em rios, e três em zonas terrestres. Quatro delas foram inclusas na lista de aves de Angola.

Entre os mamíferos, foram recolhidas 43 espécies, sete das quais morcegos, nove roedores e um musaranho.