Que a justiça angolana nunca foi justa, provavelmente não é novidade para ninguém. Entretanto, nos últimos anos, chegou-se a um ponto de descrédito e desconfiança tal que a discussão deixou de estar circunscrita aos círculos mais entendidos da matéria e passou a dominar rodas e sentadas.

O cheiro é tão nauseabundo que não passa despercebido a qualquer um que respire. Excepto, claro, aos considerados “do sistema”.

Até que fosse publicado e publicitado um comunicado da Presidência da República, no qual João Lourenço se queixava do facto de Exalgina Gamboa ter feito ouvidos de mercador quando convidada a retirar-se do tribunal de contas, televisões públicas, rádios públicas, jornais públicos, analistas, comentaristas, tudólogos pareciam estar em coma induzido e completamente alheios aos acontecimentos.

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