E agora pergunto eu...
Seja bem-vindo querido leitor a este seu espaço onde, já sabe, perguntar não ofende, depois de uma semana em que África viveu mais um golpe de Estado militar, desta vez no Níger, que, desde 2020, depois do Mali e do Burquina Faso, que naturalmente apoiam o novo golpe, é o terceiro Estado a viver um golpe - DESTE TIPO. Vale a pena a descrição golpe DESTE TIPO porque como sabemos há outro tipo de golpes que, não sendo militares, têm o mesmo efeito de sequestrar o poder das mãos dos eleitores e de coartar a democracia, golpes constitucionais que contam com o ‘cafrique’ a instituições fracas e que se submetem a poderes de gente não eleita e que não representa a maioria...
Voltando à actualidade, a que passou foi também uma semana em que decorreu a cimeira africana na Rússia, em que assistimos a um poderoso discurso do novo líder do Burkina Faso que relançou a discussão sobre os golpes de Estado e como esse tema se relaciona com a representatividade política dos jovens, sendo que a que passou foi uma semana em que a
juventude tomou também conta da actualidade a propósito das Jornadas Mundiais da Juventude que decorreram em Portugal e em que o tema também foi Angola por razões que nada têm a ver com a religião...
A imprensa portuguesa fez imenso ruído em torno do desaparecimento de perto de 200 peregrinos de Cabo Verde e de Angola que não terão feito o check-in onde eram esperados e estariam em parte incerta, levantando receios de imigração ilegal. Os angolanos em causa, seriam cerca de 30 segundo algumas estimativas porque não foi confirmado, e pergunto-me onde está a surpresa com o aproveitamento das Jornadas para desaparecer na Europa, tendo em conta as condições de vida no país.
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