A modernização chinesa traz novas oportunidades para o mundo
Os amigos angolanos conhecem a província de Guizhou, no sudoeste da China?
A província de Guizhou tem uma área equivalente à da província de Cuando-Cubango de Angola. Com as montanhas e colinas ocupando 93% da sua superfície, Guizhou sofria sempre da pobreza desde há muito tempo. Em 2012 atingiu 9,23 milhões o número de habitantes identificados e registados como pobres em Guizhou, marcando Guizhou como a província mais pobre da China com o maior número de habitantes a viver na pobreza e a maior área de pobreza. Sob a liderança do Partido Comunista da China, Guizhou envidou esforços enormes para a erradicação da pobreza a um ritmo de retirar mais de um milhão de pessoas da pobreza por cada ano. Finalmente, em Novembro de 2020, Guizhou anunciou que todos os seus condados e habitantes antigamente pobres tinham saído da pobreza. Isto significa que esta província, que era conhecida pela sua pobreza, arrancou completamente o rótulo da pobreza absoluta que lhe tinha inquietado por milhares de anos.
Guizhou, no mesmo tempo que se despediu da pobreza, descobriu e aproveitou o seu potencial natural. Empregou grandes esforços por desenvolver a indústria de Big Data, avançando firmemente no caminho da economia digital. Hoje em dia, nas montanhas verdes e águas limpas de Guizhou, estende-se entre as nuvens “uma planície de alta velocidade” constituída por cerca de 30 mil pontes, construídas ou em construção. Ao mesmo tempo, estão ligados à 'nuvem' numerosos centros de Big Data das empresas de alta tecnologia. É espetacular esta tranformação da tradição à modernidade bem como do atraso ao desenvolvimento. Trata-se de um microcosmo do milagre da modernização chinesa, e este milagre não é apenas da China, mas também do mundo. Injetará mais energia positiva na paz mundial e trará mais novas oportunidades para o desenvolvimento global.
A modernização da China com uma população tão grande injetará ímpeto mais forte para a recuperação da economia mundial. Desde o início da reforma e abertura, há mais de 40 anos, o governo chinês tem retirado mais de 800 milhões de pessoas da pobreza e levado mais de 400 milhões de pessoas a entrarem no grupo de renda média. A China de hoje é o principal parceiro comercial de mais de 140 países e regiões, inclusive Angola. A cada dia a China investe directamente 320 milhões de dólares americanos ao exterior, e acolhe mensalmente mais de 3.000 negócios estrangeiros. Na última década, a China contribuiu mais do que a soma dos países do G7 para o crescimento global. Com mais de 1,4 mil milhões de chineses em marcha à modernização, uma população maior do que a soma das populações dos países desenvolvidos, a China dará mais forças para a economia mundial.
A modernização da China com a prosperidade comum para todos abrirá um caminho mais largo para o desenvolvimento comum de todos os países. A prosperidade comum para todo o mundo requer o desenvolvimento de todos os países. Dez anos após o início da Iniciativa Cinturão e Rota, mais de 3.000 projetos de cooperação têm sido estabelecidos, envolvendo um investimento de quase um bilião de dólares americanos e a criação de 420 mil empregos nos países participantes. Daí que os povos de muitos países têm realizado os seus sonhos de grandes pontes, estradas, ferrovias, tal como os habitantes da província de Guizhou. A Iniciativa para o Desenvolvimento Global (IDG) também é bem acolhida pela comunidade internacional. É apoiada por mais de 100 países e várias organizações internacionais, conta com quase 70 países integrantes no Grupo de Amigos da IDG, e contribui significativamente para a implementação acelerada da Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável da ONU. A China atribui grande importância à solução do endividamento dos países em desenvolvimento, implementa de forma proativa e total a Iniciativa de Suspensão do Serviço da Dívida do G20, e tem contribuído com 63% do valor total de pagamentos de dívida suspensos. Podemos dizer que a modernização chinesa despertou a confiança dos países de realizar a modernização. Tal como o que o ministro Mário Caetano João e o ministro Ricardo d'Abreu disseram, o desenvolvimento da China é uma referência para os países africanos.
A modernização chinesa com avanço material e cultural-ético abrirá perspectivas promissoras para o progresso da humanidade. Como enfatiza o Presidente Xi Jinping, o objectivo final da modernização é realizar o desenvolvimento livre e abrangente do povo. O desenvolvimento abrangente de uma pessoa significa não apenas a abundância material, como também a abundância cultural e ética. Aquando da reunião com o Presidente João Lourenço em 2018, o Presidente Xi Jinping sublinhou que os dois países devem aprofundar intercâmbios e aprendizagem mútua entre as civilizações e promover o entendimento recíproco entre os povos. A Iniciativa para a Civilização Global (ICG), apresentada pelo Presidente Xi Jinping, advoga a importância da herança e inovação das civilizações e o respeito pela diversidade delas, com a persistência nos princípios de igualdade, aprendizagem mútua, diálogo e inclusividade entre as civilizações. Os chineses creem que, mesmo para um estado estabelecido, o seu futuro reside na auto-renovação. A modernização chinesa revestirá a profunda civilização chinesa com novos vigores, e contribui mais sabedoria chinesa para a paz e a prosperidade do mundo e para o progresso da humanidade. Tanto a China como a África são berços da civilização humana com história longa e cultura esplêndida. O aprofundamento de intercâmbios e aprendizagem mútua entre a civilização chinesa e civilização africana constituirá certamente uma força maravilhosa para a construção de uma comunidade de futuro compartilhado para a humanidade.
A modernização da China com convivência harmoniosa entre o homem e a natureza trará uma abordagem mais viável a um mundo limpo e belo. Como apontou o Presidente Xi Jinping, as águas limpas e montanhas verdes são ativos inestimáveis. Como o que Angola tem feito, a China arcou voluntariamente com responsabilidades da conservação do meio ambiente e do enfrentamento às mudanças climáticas. A China fica no 1º lugar do ranking mundial em vários domínios: o volume do reflorestamento, que representa um quarto do volume mundial; o desenvolvimento e uso das energias renováveis, que conta com um terço da capacidade instalada da energia eólica e solar mundial; o volume da produção e venda de veículos de nova energia, com metade dos veículos desse tipo do mundo circulando nas ruas da China. A China fez ao mundo compromissos solenes com o alcance das metas do pico das emissões e da neutralidade de carbono, com um intervalo de apenas 30 anos entre as duas metas. O período é anos mais curto do que o dos Estados Unidos e quatro décadas mais curto do que o da União Europeia.
A modernização da China no caminho de desenvolvimento pacífico trará mais certeza à paz e estabilidade mundial. A China e Angola são ambos países amantes da paz. Preconizamos solução pacífica das disputas internacionais mediante consulta e diálogo. A Iniciativa para a Segurança Global (ISG) apresentada pelo Presidente Xi Jinping apontou a direção correta para a busca de segurança comum e universal. Com a facilitação da China, a Arábia Saudita e o Irã reestabeleceram as relações diplomáticas. Ficamos encorajados ao ver que mais países estão apertando mão e abraçando paz. Perante o arrastamento da crise na Ucrânia, ao invés de deitar lenha na fogueira ou tirar os próprios benefícios, a China persiste na imparcialidade, promove diálogos de paz e lançou o documento Posição da China sobre Solução Política da Crise na Ucrânia, para desescalar a tensão e acalmar a situação. Os factos provam que uma China em via de modernização consiste em um impulso ao crescimento da força de paz e justiça. Do mesmo modo, a China aprecia o papel importante de Angola na manutenção de paz e segurança regional.
A modernização chinesa, enquanto concebida na China, gera oportunidades que pertencem ao mundo. O desenvolvimento do mundo a longo prazo não pode assentar numa base de que só alguns países fiquem cada vez mais ricos enquanto os outros países permaneçam sempre pobres e atrasados. A China e Angola são ambos países em desenvolvimento, e é sonho comum de ambos os povos alcançar o desenvolvimento e progresso nacional. O governo angolana está a elaborar o Plano de Desenvolvimento Nacional 2023-2027, que terá certamente muitos pontos de convergência com a modernização chinesa. É acreditado também que, durante a implementação do Plano, podemos testemunhar em Angola cada vez mais histórias lindas de desenvolvimento moderno, como a de Guizhou, e cada vez mais histórias de cooperação amistosa China-Angola. A China está disposta a trabalhar com a parte angolana para implementar os importantes consensos dos dois chefes de Estado, elevando o nível da cooperação pragmática e trazendo mais benefícios para os dois povos, de modo que as causas de modernização de ambos os lados, com as suas próprias características, formem uma força motriz que impulsionará a prosperidade e o progresso do mundo, avançando sem parar no curso da história!
JLo do lado errado da história