Com todo o respeito, senhora ministra, demita-se!
Nos países normais, fizeram manchete nos últimos anos: Ministro da Saúde do Brasil pede demissão após constatar que não teria liberdade para conduzir o cargo de acordo com suas convicções e conhecimentos.
Ministro da Saúde da Polónia demite-se após protestos, depois de ter divulgado dados médicos sensíveis de um médico. Ministra da Saúde do Peru sob pressão pela forma como lidou com a crise do surto de dengue renuncia. Ministro da Saúde do Governo de Unidade Nacional da Líbia anuncia demissão e justifica com o fim do mandato legal do governo, de acordo com o plano de paz da ONU. Ministro da Saúde do Reino Unido anuncia demissão depois da divulgação de fotografias que revelaram o incumprimento de regras de distância física durante a pandemia. Ministro da Saúde do Paraguai renuncia ao cargo um dia depois de ter perdido o apoio do Senado em meio a uma crise causada pela falta de medicamentos nos hospitais públicos lotados do país.
Também há exemplos aqui mais de perto: ministro da Saúde de São Tomé e Príncipe pede demissão na sequência de desentendimentos entre ele e os profissionais do sector, quanto à falta de medicamentos e condições de trabalho no Sistema Nacional de Saúde. E há ainda exemplo daquele país em que Angola para algumas coisas se inspira: horas depois ter sido noticiada a morte de uma grávida, Ministra da Saúde de Portugal apresenta demissão por entender que deixou de ter condições para se manter no cargo.
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