No fim de mais uma semana de mortes sem qualquer sentido nos EUA, desta feita de crianças, noutra escola, vítimas de uma situação de impasse político que se mantém há décadas, massacre após massacre porque o lobby das armas é muito forte e continua a justificar a venda de armas de guerra a qualquer maior de 18, voltamos a ter a imagem grotesca da sobreposição dos interesses económicos às políticas de protecção civil.

E é tão forte essa indústria de objectos criados para matar que continua a criar e incentivar o seu próprio mercado principalmente através de guerras que, umas atrás das outras justificam lucros absurdos de mais de 530 biliões de dólares/ano (2020) nos bolsos dos 100 maiores produtores de armas e serviços militares.

A guerra na Ucrânia, que continua no topo da agenda internacional já valeu 3 biliões de dólares em armamento e há muitas outras, bem mais longe dos holofotes como a guerra na Somália, que esta semana teve um desenvolvimento importante, com o presidente dos EUA a aprovar o envio de um contingente de soldados para combater a insurgência na região depois de ter acabado com a guerra mais longa dos EUA, a do Afeganistão onde a presença americana durou mais de 20 anos.

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