E agora pergunto eu...
Seja bem-vindo querido leitor a este seu espaço onde perguntar não ofende depois de uma semana em que um ex-polícia pôs a Tailândia no topo da agenda mediática mundial depois de entrar na creche do filho, matar 22 crianças entre os dois e os cinco anos e cerca de 15 adultos, antes de voltar para casa, matar a mulher e o filho e se suicidar por fim... 38 mortos e vários feridos. Os estragos que uma mente desarranjada pode fazer para si e para outrem nunca cessam de surpreender. Este tipo de episódio devia levar a reflexões sérias e com consequências colectivas sobre a saúde mental, particularmente em realidades como a nossa, cheia de traumas, de dificuldades fruto do atraso no desenvolvimento, de armas na rua e em que temos vários exemplos em que estes desarranjos mentais levam a episódios com ecos desta tragédia. Como tivemos no início do ano quando um polícia matou dois colegas antes de cometer suicídio ou casos como o do pai no Bié, que antes de se suicidar, matou os três filhos em fevereiro, ou ainda junho, mês da criança, quando três crianças entre os quatro e os 10 anos foram mortas pela mãe. Investimento público na área da saúde mental é praticamente resumido à construção de uma ou outra psiquiatria ou diluído em custos de estruturas ministeriais.
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