E agora pergunto eu...
Seja bem-vindo querido leitor a este seu espaço onde perguntar não ofende depois de uma semana em que a chuva voltou a deixar os luandenses a boiar em rios de lama que trazem mosquitos, que por sua vez trazem paludismo... Seria cómico se não fosse trágico o investimento no metro de superficie para o qual o PR autorizou esta semana mais 500 milhões em cima dos 900 que já eram responsabilidade do Estado no projecto. As imagens de crianças a nadar nas ruas da centralidade do Sequele contam a história de construções sem qualidade de construção, sem fiscalização séria, nem saneamento que provavelmente valeram muitas comissões, mas que penhoraram o futuro das centralidades e da qualidade de vida dos seus habitantes.
Como sabemos, o governo não é referência no campo da responsabilização, e, provavelmente para a evitar, a actualização de números que devia ser obrigatória para os diferentes subsectores públicos, é estrategicamente evitada. No entanto, os primeiros cinco meses de 2021, por exemplo, registaram cinco mil mortes em perto de quatro milhões de casos de malária, que o governo apresentou como uma redução em relação ao período homólogo. A falta de saneamento, provavelmente mais do que a incapacidade do sistema de saúde, continua a estar na origem destas e de muitas mais mortes, se contabilizadas as doenças diarreicas que também são resultado directo da falta de saneamento que envenena o ambiente dos angolanos.
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