E agora pergunto eu...

04 Oct. 2023 Geralda Embaló Opinião

Seja bem-vindo querido leitor a este seu espaço onde, já sabe, perguntar não ofende depois de uma semana cheia de perguntas em torno do chefe que, ainda para acrescentar no embaraço, tinha visita americana de peso, e que na presença da visita, foi lembrado ou alertado - não precisa de agradecer chefe - de uma cláusula que aprovou no congresso do partido em 2021 e que na situação em que se encontra hoje, o exclui da corrida ao partido que lidera. 

E agora pergunto eu...

O editorial do Valor Económico, que trouxe o tema à liça, explicando que o chefe alterou os estatutos do partido para obrigar a que o líder do partido seja obrigatoriamente o candidato à Presidência da República - porventura para se livrar de eventuais ‘bicefalias’, perguntava “quem tramou o chefe?”  que agora não podendo ser Presidente da República (porque não elegeu deputados suficientes para alterar a Constituição) automaticamente não pode ser líder do partido por força do estatuto que aprovou.

A pergunta do Valor e de centenas de internautas online é válida porque não havendo dúvidas de que a cláusula se trata de um valente ‘tiro no pé’, resta saber de quem foi a mão no gatilho, e se estaria em posse de todas as faculdades ou nalgum estado de embriaguez (por exemplo). No entanto, e sendo nós o mesmo país que nomeia mortos para cargos públicos, não é de excluir que simplesmente ninguém se tenha lembrado, lido os estatutos com atenção ou sequer conjecturado a possibilidade de o partido não conseguir alterar a Constituição sozinho como vinha habituado por décadas de poder absoluto.

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Geralda Embaló

Geralda Embaló

Directora-geral adjunta do Valor Económico