E agora pergunto eu...
Seja bem-vindo querido leitor a este seu espaço onde perguntar não ofende, depois de uma semana em que a nossa actualidade foi marcada pelo regresso do exonera/ nomeia, figura que andava algo desaparecida, talvez em viagem, e, que desta feita, veio entre outros nomear o ex-secretário de Estado para a Saúde para o cargo de vice-governador de Malange para o sector político social e económico, em mais um exemplo do quão aleatórias são as nomeações e exonerações - pelo menos da perspectiva dos governados. E, mais um exemplo do quão este modo de gerir centralizado se arroga no direito de não dar satisfações sobre os seus humores. Mufinda, que nem tão pouco é malanginho, e que ficou conhecido como o Sr. dos casos suspeitos de covid, é epidemiologista e sanitarista, doutorado em saúde pública. Logo da saúde pública, um sector que anda tão sem saúde que não se pode dar ao luxo de ver os seus quadros descaminhados para outro sector qualquer... mas é a sabedoria governativa do poder também conhecida como 'estratégia' que em quase meio século não mudou de hábitos e que nos trouxe ao país que temos hoje.
E agora pergunto eu, sendo que o PR nomeia e exonera tanta gente tanto governador tanto vice, etc como vai conseguir fazer mais alguma coisa com o plano para a nova divisão político administrativa, que quer aumentar o número de províncias e que os municípios passem de 164 para 518 com o respectivo aumento de estruturas, salários, subsídios regalias e etcs que no mínimo vai triplicar a despesa pública de cerca de dois mil milhões de kzs para pelo menos cinco mil milhões?
Porque é que as nomeações para cargos de gestão da coisa pública continuam a ser tão discressionárias e com base em subjectividades e frequentemente necessidades de acomodação?
Ainda a propósito de maus hábitos do poder querido leitor, na semana que passou a nossa actualidade foi também marcada por novos ataques à media... desta vez tão perto de casa que não poderia passar sem menção. O director desta casa - um jornalista de corpo e alma, inspirador e com a capacidade, formação e convites para fazer qualquer outra coisa, mas que muitas vezes com grande sacrifício pessoal continua a escolher o jornalismo para garantir que “no pais da Alice” e das respectivas maravilhas não falta perspectiva, não falta voz a quem de outro modo a tem cada vez menos, não falta racionalidade em meio da acefalia da carneirada gerida pelo sistema - tornou-se alvo desse mesmo sistema que o toma por incómodo a eliminar.
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