E agora pergunto eu...
Seja bem-vindo querido leitor a este seu espaço onde perguntar não ofende, depois de uma semana em que a actualidade mundial e nacional andou marcada pelo tema das eleições, que, por sua vez, também marcou a actualidade entre nós.
E poucos temas têm a relevância, o peso, a permanência e a influência que tem o das eleições tem na nossa vida quotidiana querido leitor, até dos que de entre nós professam um desgosto, por vezes até uma repugnância, relativa a temas políticos... E, diga-se de passagem, que ‘através’ da qualidade de muitos líderes políticos, esta é uma repugnância mais do que justificada.
No entanto, é preciso lembrar o pensamento atribuído ao filósofo grego Platão, fundador da primeira universidade do mundo, quando dizia qualquer coisa como “não há nada de errado com os que dizem não gostar de política, o seu castigo é ser governado por aqueles que gostam de política”! E, evidentemente, muitas vezes aqueles que gostam de política são aqueles que não ficam a dever muito a valores como a honestidade, a rectidão, com o voluntarismo e o altruísmo necessários para uma luta eficaz pelo colectivo (para não falar noutros valores como a humildade cuja ausência temos o desprazer de verificar com frequência entre nós).
Os processos eleitorais são a coluna vertebral do processo democrático, são o que permite aos cidadãos terem voz na forma como os representantes conduzem a política das suas nações, são o que permite a responsabilização desses governantes, bem como a sua legitimação, são o que permite escrutínio popular, são a voz dos cidadãos. As eleições são também um momento instrumental de promoção da educação colectiva, do sentido de comunidade de pertença da vontade popular.
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