Faz uma retrospectiva dos anos de operação da DHL em Angola e perspectiva o futuro, apelando para a necessidade de as empresas se focarem nas “muitas oportunidades” que o país oferece e não “no partido A ou partido B”. 

Como se resumem os 41 anos de presença da DHL em Angola?

 A DHL, com esses anos todos, é praticamente uma empresa angolana, embora multinacional. Começámos como uma das primeiras empresas de gestão de logística internacional em Angola. Conhecemos bem o país. Acompanhamos todo o percurso de Angola em termos de importação e exportação. Trabalhamos desde a altura das alfândegas, contribuímos também naquilo que seriam as leis aduaneiras, especialmente para o Correio Express. É uma empresa que está em quase todas as províncias, trabalha em quase todos os sectores. Todas as pessoas, quer particulares, quer diversos, trabalham connosco.  

Em termos de liderança e gestão, como é a relação com a ‘casa mãe’? 

Pese embora a DHL seja uma das maiores empresas multinacionais do mundo, a gestão é 100% angolana, o que acho muito raro em Angola. Esta também é uma particularidade que faz a diferença. Por isso, sentimo-nos orgulhosos de representar essa marca, que é uma das mais internacionais do mundo. 

Com mais de 40 anos enfrentaram, certamente, alguns desafios... 

Tivemos vários momentos altos e baixos. Para mim, enquanto diretor-geral (passaram outros diretores-gerais), foi a época da covid-19. Foi um momento em que fomos praticamente uma das únicas empresas que transportava mercadorias para o país. Demos um grande suporte, quer a nível do transporte das vacinas, quer a nível de manter a logística a andar, porque não podíamos parar, as coisas tinham de continuar a entrar no país.  A covid foi uma das maiores experiências da empresa nesses anos. 

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