“O mercado da RDC é muito complexo. Sem orientação é difícil entender”
Avalia o estado e os desafios da Câmara e apela para a necessidade de maior divulgação dos produtos angolanos na RDC. Presidente da Câmara de Comércio Angola/Congo, Jó Mpiassa Dias mostra as oportunidades nos dois países e avisa que défice de abastecimento de combustível no Congo, por conta do aperto das rotas do tráfico, tem de ser suprido.

Como está a Câmara em termos de associados?
Congregamos várias empresas. Do ponto de vista do tamanho, temos grandes, médias e pequenas. E, do ponto de vista de diversificação, temos empresas estatais e privadas. Neste momento, temos 2.704 empresas associadas, angolanas e congolensas.
Como é que caracteriza o ambiente de negócios nos dois países e o comércio bilateral?
O ambiente de negócio em Angola está caminhando. Mas a saúde do comércio bilateral ou multilateral precisa do engajamento dos agentes económicos, que somos nós. Para fortificar o exército económico do país, é preciso congregar os oficiais. Sabermos como definir aquilo que estamos a produzir no país e exportar.
Que análise faz da importação dos podutos feitos em Angola pela RDC?
Angola está a produzir muita coisa que, a nível da região, não se sabe. É preciso promover e publicitar o que estamos a produzir. Não só no sentido de publicitar, mas criar medidas para como exportar esses produtos. Por exemplo, a República Democrática do Congo tem a tendência de importar produtos de outros países, nomeadamente, Turquia, China, Indonésia, Europa, mas vários desses produtos que buscam nesses países, também são produzidos em Angola. Poderia fazer-se conforme estamos a fazer com a Sonangol Distribuidora, estamos a trabalhar para que essa empresa tenha mais impacto do que teve outrora na RDC, sobretudo no produto de lubrificantes. Trabalhamos criando fichas técnicas ou legendas em francês, para facilitar a interpretação e, neste momento, estamos a criar formas de como exportar os produtos, uma vez que são, também, aceites naquele país.
Em 2022, as trocas comerciais entre os dois países rondavam os 30 milhões de dólares. Qual é o balanço actual?
Tendo em conta as empresas que controlamos, houve um crescimento, apesar de nem sempre as empresas fazerem o comércio com a RDC. Já abrangemos um volume de 94 milhões de dólares, sendo o sector mineiro o principal contribuinte para esta soma. Os sectores de bens alimentares, de construção, de material de construção, seguem-se, embora não com grande expressão.
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