Papel do sector empresarial no investimento em infra-estruturas de impacto social
O sector empresarial, público ou privado, tem um papel fundamental e multiplicador no desenvolvimento da sociedade e contribui de forma determinante para que os investimentos sejam direccionados para as áreas que melhor servem as necessidades da população, quando integrados nos planos estratégicos do Governo.
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Angola antevê um aumento demográfico exponencial, esperando que, até 2050, a população mais que duplique. Se considerarmos ainda que, de acordo com dados do banco mundial, 31% vive abaixo do limiar da pobreza e que apresentamos um desenvolvimento social a duas velocidades, onde os principais sectores produtivos empregam 20% da população e os restantes 80% contratam nos sectores informais, o desafio social é uma realidade urgente.
A diversificação da economia, o incremento dos níveis de escolaridade e potenciar o aumento significativo de postos de trabalho são pilares estruturantes para que se consigam atingir os objectivos de diminuir o desemprego e travar o aumento das desigualdades sociais em todo o país.
O Governo está ciente de que os objectivos mencionados só serão possíveis com maiores e “melhores” investimentos que contribuam para um desenvolvimento sustentável. O aumento do investimento directo estrangeiro e do crédito privado, assim como o aprofundar do relacionamento com parceiros bilaterais e multilaterais, são fundamentais.
A agenda da ONU, com os Objectivos de Desenvolvimento Sustentável, identifica entre outras componentes, a necessidade estratégica de investir em infra-estruturas como factor dinamizador do crescimento económico inclusivo, da produtividade e do desenvolvimento social.
Nos últimos anos, o nível de confiança nos negócios inverteu a tendência negativa, tendo vindo a crescer gradualmente e passando a positivo em Janeiro de 2022, situando-se hoje em 13 pontos positivos (fonte: Trading Economics), a inflação passou de 20% para 10,81%, e em quatro anos foram registados na Aipex 513 novos projectos de investimento (média de 130 projectos/ano).
As autoridades angolanas têm implementado reformas para melhorar a gestão macroeconómica e a governação do sector público, mas, para garantir um crescimento sustentável e inclusivo, ainda há desafios que têm de ser superados.
O sucesso virá da correcta articulação dos vários intervenientes em prol de um mundo mais equitativo.
![Pedro Serrenho](https://valoreconomico.co.ao/uploads/images/2023/10/1433-pedroserrenho-1696509325.jpg)
AFINAL NÃO ERA UM MILAGRE, ERA UMA TRAGÉDIA