Perspectivas sobre a Estratégia das Empresas
Cada vez mais se fala na importância da Estratégia. De facto, os bons Planos Estratégicos vão muito além da mera definição de objectivos ou linhas orientadoras, sendo ferramentas de gestão que geram valor e sustentabilidade para as organizações
A definição de um Plano Estratégico é um processo-chave para apoiar os gestores a definir uma visão para os negócios, a monitorizar e entender um ambiente de negócios cada vez mais dinâmico, a identificar as opções que respondem adequadamente às mudanças que os negócios enfrentam, e a desenvolver um conjunto de actividades baseados em vantagens competitivas sustentáveis (ou as potenciam).
Uma estratégia adequada considera quais as áreas de negócio que a empresa quer priorizar e objectivos a atingir, as estratégias funcionais (operações, marketing, finanças, etc.) a prosseguir, as capacidades internas a desenvolver, a alocação de recursos a cada área, e os investimentos e iniciativas estratégicos a prosseguir. Importa realçar que uma estratégia que seja apenas a extensão automática do que foi feito no ano anterior e que consista na actualização de objectivos financeiros é inadequada e até impeditiva das mudanças que forem necessárias.
Pelo contrário, o desenvolvimento estratégico deve ser um processo informado que começa por olhar para fora da empresa – para os clientes, os concorrentes, o mercado / cadeia de valores, e ambiente legal – para identificar mudanças, tendências, ameaças e oportunidades, e desenvolver respostas adequadas. A análise externa deve ser comparada a uma análise interna à empresa, que permita identificar as razões para o desempenho da empresa, bem como as competências, activos, recursos e forças detidos por esta.
Em termos concretos, ao compararmos as oportunidades e ameaças no mercado às forças e limitações competitivas da empresa, identificamos um conjunto de alternativas estratégicas que a empresa poderá prosseguir. Uma análise mais profunda, baseada em factos (que permitam ir além da simples “percepção” ou “opinião” dos decisores-chave) é essencial para identificar qual dessas alternativas é a mais adequada.
Por fim, um Plano Estratégico deve conter um conjunto de objectivos e as acções concretas para os atingir, os quais devem ser concretizados num Plano de Implementação detalhado (com responsáveis e calendarização) e num Plano de Negócios com métricas de monitorização e acompanhamento, de forma a servir de ferramenta de gestão corrente.
Pedro Menezes Simões, Senior Manager EY, Advisory Services
Florbela Lima, Partner EY, Advisory Services
JLo do lado errado da história