A hora de todos os medos
Isto não é uma referência ao aclamado thriller homónimo do historiador e escritor norte-americano Tom Clancy. Não se trata de ‘A Soma de Todos os Medos’. É a hora de todos medos. Não é a sinopse de um filme de ficção de Hollywood. É a realidade angolana em estado sólido. Angola está na hora de todos os medos. Raras são as excepções. O país tresanda a medo.
No MPLA, há medos. Muitos medos. Todos os medos. Por sua conta e risco, João Lourenço colocou o seu partido numa situação de stress pós-traumático sem paralelo no pós-guerra. A crise é de tal ordem que não há termómetro com sensor capaz de medir a temperatura que aquece o organismo do MPLA. Os graus estão elevadíssimos e o ponto é simples. João Lourenço não quer sair. Quer ficar directa ou indirectamente, se é que é possível ficar-se de forma indirecta. E quer ficar por uma razão também simples. Não é por ter descoberto, de repente, a chave da transformação da sua tragédia económica em milagre económico. Ou por ter encontrado a receita para colocar o país finalmente nos carris do estado democrático de direito. Não é por nada disso. O presidente do MPLA quer ficar porque teme pelo futuro. E, por muito paradoxal que pareça, é humanamente compreensível. João Lourenço conhece, como a maioria da gente adulta, a sabedoria popular imortalizada no provérbio “quem semeia ventos colhe tempestades”. O Presidente tem-se entretido por anos sucessivos a semear vento. É compreensível que agora tema pela tempestade.
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