Instituições recusam colaborar com o INE
Cerca de três anos após a aprovação do regulamento que torna obrigatória a cedência de dados estatísticos, instituições e pessoas singulares continuam a recusar-se a prestar informações ao INE. A revelação é do próprio Instituto que explica a resistência precisamente com o “desconhecimento da lei” do Sistema Estatístico Nacional e do respectivo regulamento por parte de algumas fontes de informação e com alguma “falta de cultura”, apesar de uma maior “consciencialização”.
O INE esclarece, no entanto, que os casos de relutância são “em menor número” e que a situação vai sendo resolvida com a realização de reuniões de sensibilização e massificação da lei. Para o instituto, o nível de informações pode ser considerado “satisfatório e continua a melhorar em função do aumento progressivo das campanhas de sensibilização e publicidade dirigidas às empresas e aos agregados familiares”.
Em quase três anos, foi instaurado apenas um processo que, entretanto, não desencadeou uma multa, já que a instituição transgressora conseguiu entregar a informação solicitada, antes de terminar o prazo.
Mas as dificuldades não se prendem apenas com a resistência na colaboração do público-alvo. Ao VALOR, o órgão que trata das estatísticas nacionais junta, entre os constrangimentos, a recolha limitada de dados em algumas zonas do país, os difíceis acessos e a falta de adaptação de alguns entrevistados aos novos instrumentos de recolha de informação como ‘tablets’, em substituição do questionário de papel.
O Regulamento das Transgressões Estatísticas do Sistema Estatístico Nacional, que torna obrigatória a prestação de informações por parte de instituições e singulares ao INE, foi aprovado em Junho de 2017. Desde então, os infractores incorreram em multas que variam dos 500 mil aos cinco milhões de kwanzas.
BCI fica com edifício do Big One por ordem do Tribunal de...