Marca Top vai reclamar 90% da facturação nos refrigerantes
BEBIDAS. Conglomerado investiu cinco milhões de dólares na criação da nova marca. Ingredientes e matéria-prima são exclusivamente nacionais.
O Grupo Castel, em Angola há pouco mais de duas décadas, investiu cinco milhões de euros na criação da nova ‘Top Cola’ e espera que, este ano, os produtos da família TOP garantam 90% do crescimento das vendas dos refrigerantes.
Rita Vilas Boas, directora de marketing estratégico da companhia, antecipou, ao VALOR, que, para a concepção do novo produto, os fabricantes fizeram recurso exclusivo a ingredientes e matéria-prima nacionais e, à semelhança de outros sabores, está a ser embalado em garrafas retornáveis de 250 mililitros e com preço já fixado em 50 kwanzas.
O “preço baixo”, de acordo com Rita Vilas Boas, surge para fazer face à retracção económica que “inibe as pessoas de consumirem” determinados produtos. Já a aposta no sabor Cola, dominado internacionalmente pela Coca Cola, deveu-se por a empresa concluir que se trata de um sabor pelo qual os angolanos “têm preferência”.
As bebidas não alcoólicas representam 25% do negócio, sendo que a Top reflete 20% da classe dos refrigerantes. Além do refregirante Top, constam do leque de ofertas das bebidas não alcoólicas a bebida energética XXL, a água tónica Schweppes, os refrigerantes Vimto, Youki, assim como os produtos da fabricante Coca Cola.
Aposta no milho nacional para a cervejeira
À semelhança do que ocorre com a produção da ‘gasosa’ Top, o grupo Castel pretende fabricar as cervejas somente com a matéria-prima nacional. Daí estar a investir, desde 2015, 40 milhões de dólares na produção de milho, em Malanje.
O projecto está a ser implementado numa área de aproximadamente cinco mil hectares. E, numa primeira fase, foram preparados 1.700 hectares para o cultivo, bem como a instalação de uma hidroelétrica para beneficiar não só o projecto, mas também a vizinhança. Com base nos trabalhos já realizados, a companhia perspectiva, para este ano, colher 1.600 toneladas de milho que deverá ser transformada em ´gritz´, a matéria-prima utilizada no fabrico das cervejas.
Actualmente, para a produção das cervejas EKA, Nocal e Cuca, o grupo importa entre 25 mil e 30 mil toneladas de milho/ano, situação que, se alterada, poderá poupar cerca de 22 milhões de dólares por ano.
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