O sector segurador é transversal a toda a actividade económica
O sector segurador joga um papel importante na vida de qualquer economia, quer seja como factor gerador de emprego quer seja como factor estabilizador da economia. Ou seja, cria empregos directos para a actividade seguradora (emprega nas seguradoras) e empregos indirectos através dos intermediários da actividade seguradora (emprega nos mediadores e correctores), permite que o risco seja transferido para as empresas especializadas no seu gerenciamento, possibilitando que indivíduos e empresas empreendam projectos mais arriscados. Complementa e, em certos casos, substitui programas de segurança social e assistência dos governos. Isso é relevante para as actividades tais como o seguro compulsório de danos pessoais decorrentes de acidentes com veículo motorizado, seguro de vida e seguro saúde.
São os seguros que ajudam os governos a reduzir as despesas relativas a esses eventos, facilita o comércio e a indústria. Diversos produtos e serviços só são ofertados porque existe seguro para eles.
É importante que os gestores das Empresas Seguradoras invistam os prémios de seguros que arrecadam dos seus clientes nos diversos mercados, especialmente o mercado financeiro, sem descurar a criação de provisões. Só assim poderão financiar as Empresas Públicas e Privadas. As receitas com os prémios não são lucro das seguradoras, mas sim dinheiro dos segurados que deve ser capitalizado para ressarcir sinistros.
Sendo a economia um sistema consolidado de actividades humanas relacionadas com a produção, distribuição, troca e consumo de bens e serviços de um país, é fundamental que não esteja desassociada da actividade seguradora, visto que o sector segurador é transversal a toda a actividade económica de uma dada economia.
As empresas de seguros devem trabalhar com as instituições vocacionadas para o efeito, de modo a fomentarem cada vez mais a cultura de seguros. A inserção no mercado de produtos alinhados ao desenvolvimento social joga um papel importante na medida em que estes respondam as necessidades dos potenciais clientes.
Angola é o quarto mercado da África Subsariana no que toca aos Seguros, mas apresenta uma taxa de penetração muito baixa em relação aos outros países da região, tendo em conta as suas economias mais baixas e pouco atractivas em relação a Angola. É de vital importância canalizar os fundos para o sistema financeira a médio e longos prazos. Só assim, estaremos a financiar o desenvolvimento da economia nacional.
Os seguros representam um dos segmentos aplicados aos mais diferentes campos dos empreendimentos humanos, é dos sectores que deveriam crescer de forma análoga à nossa economia. As seguradoras são igualmente intermediárias financeiras e são importantes na mobilização de poupanças e na melhoria da alocação de recursos na economia.
Para que as empresas e investidores preservem os seus investimentos, é inevitável que invistam em seguros, minimizando as perdas de todos, incentivando a economia e a paz social.
É urgente que a ARSEG e o MINFIN sejam bem-sucedidas a olhar para o sector, com principal realce para os Seguros Obrigatórios.
Professor Universitário (Underwriter Insurance), Director Adjunto da Academia de Seguros e Fundos de Pensões
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