Por que o Económico precisa de vender os anéis para ficar com os dedos
Como a recapitalização do BE não envolveu até ao momento qualquer entrada de dinheiro fresco, para começar a caminhar pelo seu próprio pé, passar a conceder crédito e permitir que os seus clientes movimentem normalmente as suas contas, o banco precisa de vender património, isto é imóveis, eventualmente a começar pela sua luxuosa sede.
Está praticamente concluído o segundo do Banco Económico (BE), oito anos e quase 450 mil milhões Kz de prejuízos depois do primeiro, em 2014.
Na sequência da avaliação da qualidade de activos da banca angolana exigida pelo Fundo Monetário Internacional (FMI), em 2019, o BE teve de reavaliar em baixa a sua carteira de crédito e de imóveis.
Esta limpeza do balanço que só agora foi conhecida – o banco não divulgava informações financeiras desde o terceiro trimestre de 2019 - deixou o sucessor do BESA em falência técnica, com capitais próprios negativos desde o final do exercício de 2019, incumprindo com todos os rácios mínimos de solvabilidade exigidos pelo Banco Nacional de Angola (BNA) e arriscando o encerramento.
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