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Presidente da UNITA

UNITA diz que MPLA não está preparado para a enfrentar e quer debate

07 Jan. 2022 Agência Lusa | Valor Económico Economia / Política

O líder da UNITA disse hoje, em Luanda, que o MPLA "não está preparado para enfrentar" o maior partido da oposição, nem a Frente Patriótica Unida (FPU), desafiando a liderança do partido no poder para um debate.

UNITA diz que MPLA não está preparado para a enfrentar e quer debate

Adalberto Costa Júnior, que falava numa cerimónia de cumprimentos de ano novo para militantes, amigos e simpatizantes da União Nacional para a Independência Total de Angola (UNITA), disse que se multiplicam as manifestações e intervenções públicas de inúmeros cidadãos, que têm mostrado apreensão “com o rumo tomado pelo país”.

Na quinta-feira, o Presidente da República, João Lourenço, disse numa entrevista colectiva, que a UNITA não está preparada para enfrentar o Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA), partido no poder, nas eleições gerais a serem realizadas em Agosto deste ano, olhando para o facto de pretender coligar-se a outros partidos políticos.

 Segundo Adalberto Costa Júnior, o MPLA para enfrentar a UNITA “viola as leis e usa como muletas as instituições públicas, os órgãos públicos de comunicação social, [que] prestam serviços ilegais ao partido de regime”.

“O MPLA não está preparado para concorrer com lealdade e em igualdade de condições na campanha eleitoral e por isso esconde-se atrás das instituições e nega a democracia e a pluralidade”, disse Adalberto Costa Júnior, aconselhando seguir o exemplo de Portugal que terá eleições legislativas este mês, com 30 debates, entre todos os candidatos, programados.

“Vão continuar a fugir aos debates? Vão continuar a desrespeitar o cidadão? Vão continuar a esconder-se atrás das instituições públicas e a usar os tribunais como instrumentos de competição partidária? Se estão mesmo prontos e não têm medo, abracem o jogo democrático. Aqui reafirmo a minha disponibilidade”, salientou o presidente da UNITA.

Adalberto Costa Júnior sublinhou que faltam poucos meses para o fecho de um ciclo de governação, de cinco anos, “que foi iniciado com grandes expectativas e com inúmeras promessas”.

“Um mandato que sucedeu a um longo período de governação do Presidente José Eduardo dos Santos, a quem pintaram com as piores cores e a quem direccionaram os piores balanços”, citando promessas do actual ciclo de governação, nomeadamente a criação de 500 mil empregos para jovens, que não chegaram a ser cumpridas.