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8 tendências que vão moldar a Banca Mundial até 2030

14 May. 2018 Artur Coto Opinião

A crise financeira agitou os pilares-base da indústria financeira, levando-a de um período de calma e prosperidade relativas para uma forte incerteza transversal.

À medida que as implicações do choque se vão dissipando e a banca se vai adaptando, emergem tendências que irão afectar os modelos de negócio bancário durante décadas:

• Nacionalismo vs. Globalismo: Novos desafios económicos podem levar nações a adoptar abordagens proteccionistas. A facilidade de entrada/saída de mercados, as estruturas de ‘ownership’ e o repatriamento de fundos serão afectados.

• Capitalismo estatal: Apesar da arquitectura exacta da regulamentação global permanecer por clarificar, o envolvimento do Estado, tanto na estruturação como nas operações contínuas da banca, está a aumentar.

• Fluxos do comércio internacional: a maior parte dos fluxos será dentro de uma mesma região, os bancos globais terão de alavancar a experiência de parceiros relevantes nessas regiões.

• Os países emergentes terão já emergido: os bancos globais terão de ter a capacidade para competir nestes mercados, mantendo uma gestão prudente das necessidades e regulações locais.

• Demografia, uma geração mais velha e mais urbana: as previsões demográficas apontam para um aumento da população mundial, da esperança média de vida e da percentagem de população urbana. Os bancos do futuro terão de explorar oportunidades nas ofertas de poupança e do suporte à gestão financeira das populações.

• Relações com o cliente mais pessoais e de maior confiança: os clientes bancários estão a tomar controlo das suas relações financeiras e esta tendência não deve alterar-se. Em 2030, os bancos de sucesso terão aprofundado as conexões pessoais com os seus clientes através de soluções de análise de dados que hoje poderão parecer futuristas.

• Novos mercados e modelos de pagamentos: a tecnologia está a mudar o segmento dos pagamentos a um ritmo extraordinário, incluindo aumento de competição de prestadores ‘não bancos’, procura por pagamentos instantâneos, baratos em qualquer lugar/hora eo maior foco na redução e controlo do risco sistémico devido à regulamentação pós-crise.

• Energia, o desafio à ordem actual: factores políticos e ambientais que governam a indústria energética em combinação com as novas tecnologias requerem o desenvolvimento de produtos financeiros inovadore.

A maior incidência de choques políticos, económicos e financeiros, apesar de ameaçar os modelos estabelecidos, não prejudica o desenvolvimento do sector que criará oportunidades de expansão e diversificação, em que a agilidade, num sentido abrangente, será o factor crítico de sucesso.