Por unidade do PIB em 3%

China propõe redução do consumo de energia

SUSTENTABILIDADE. País asiático também anunciou um “plano de acção” para que as emissões de dióxido de carbono atinjam o pico até 2030 e alcancem a neutralidade até 2060.

 

China propõe redução do consumo de energia

A China quer reduzir o consumo de energia em 3% por cada unidade do Produto Interno Bruto (PIB) em 2021, segundo o relatório do governo, apresentado à Assembleia Nacional Popular (ANP), órgão legislativo do país.

Para o próximo plano quinquenal (2021-2025), que vai ser aprovado durante a sessão anual da ANP, o governo chinês prevê que o consumo de energia por unidade do PIB recue 13,5% e as emissões de dióxido de carbono 18%.

O país asiático também anunciou, na sexta-feira, um “plano de acção” para que as emissões de dióxido de carbono da China atinjam o pico até 2030 e alcancem a neutralidade até 2060, uma meta previamente anunciada pelo presidente chinês, Xi Jinping.

O relatório do Governo, divulgado pelo primeiro-ministro chinês, Li Keqiang, também observa que o país vai acelerar “novos mecanismos de comércio”, para atingir aquela meta, bem como “novas políticas para canalizar apoio financeiro para o desenvolvimento verde e com baixas emissões de carbono”.

As autoridades querem estabelecer um “sistema energético limpo, seguro e eficiente”. A participação das energias não fósseis no consumo total de energia aumentará para cerca de 20%, de acordo com a minuta do plano quinquenal, que também prevê metas para 2035.

O país propõe desenvolver “activamente” a energia nuclear, “tendo como premissa a segurança”, e antecipa que a capacidade instalada desta fonte energética atinja os 70 milhões de quilowatts, de acordo com o esboço do plano quinquenal.

A China está comprometida em “prevenir e controlar a poluição atmosférica” e “reduzir em 10% a concentração de partículas de PM 2,5 – as mais nocivas à saúde – no ar das grandes cidades”, lê-se no relatório.