Economia azul precisa de novas formas de financiamento
OCEANOS. ONU quer "novas formas de financiamento" para "uma economia oceânica que dê poder às populações locais e apoie negócios responsáveis e objectivos sociais de longo prazo".
O órgão das Nações Unidas (ONU) para os Oceanos pediu recentemente a mobilização de novas formas de financiamento para uma economia azul dos oceanos, dado o importante papel que desempenham na redução das emissões de gases de efeito estufa.
“Devem ser mobilizadas novas formas de financiamento e as convencionais reorientadas para uma economia oceânica que dê poder às populações locais e apoie negócios responsáveis e objectivos sociais de longo prazo”, afirmou Peter Thompson, responsável do órgão, durante uma conferência virtual organizada pela Euronext.
Thompson considerou que o sector financeiro pode desempenhar um “papel determinante” na transição para uma economia verde e azul e que os sectores público e privado, de mãos dadas, “devem remover os obstáculos existentes e abrir a torneira para investimentos sustentáveis”. “Chegámos a um ponto em que nosso bem-estar futuro exige que uma economia azul sustentável seja totalmente integrada às finanças globais”, disse.
O enviado da Organização das Nações Unidas, órgão que deu início à Década dos Oceanos este ano, também destacou que o sector privado pode ser o “motor” da inovação tecnológica para promover a ciência oceânica e ampliar as soluções dela decorrentes.
A “melhor oportunidade” de direccionar os financiamentos para o fortalecimento dos oceanos e sua contribuição para a mitigação das mudanças climáticas, defendeu, será na próxima cimeira do clima, a COP26, que acontecerá em Glasgow (Escócia) em Novembro próximo. “Não podemos ter um planeta saudável sem um oceano saudável”, ele insistiu.
A primeira-ministra da Noruega, Erna Solberg, que também participou da conferência, garantiu que os mercados financeiros têm um “papel crítico” na transição e que os investidores estão cada vez mais conscientes dos riscos ambientais e climáticos dos seus investimentos.
“Precisamos de muito mais dinheiro para a economia azul”, disse, pedindo investimentos em áreas como restauração de ecossistemas, maricultura e energia renovável. “Pode criar empregos e ao mesmo tempo ajudar a proteger o oceano”, insistiu Solberg.
BCI fica com edifício do Big One por ordem do Tribunal de...