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Espaços privatizados há um ano

Abandonos e incumprimentos ditam degradação de lojas Nosso Super

19 Jul. 2023 Empresas & Negócios

Privatização. Supermercados faziam parte do Programa de Reestruturação do Sistema de Logística e de Distribuição de Produtos Essenciais à População e do Programa de Expansão da Rede Comercial, que integram o Nosso Super, Lojas Palmas, Nossa Quitanda, Paparocas, entre outras, criados em 2007.

 

Abandonos e incumprimentos ditam degradação de lojas Nosso Super

Um ano depois da privatização das lojas do Nosso Super, apenas duas das 10 lojas existentes em Luanda estão a trabalhar, por sinal as que continuam sob gestão do grupo Zahara. Outras duas (no Sambizanga e Rangel) encontram-se abandonadas e em estado avançado de degradação, enquanto as seis que foram atribuídas ao Grupo Mangolé continuam encerradas e a beneficiar de obras.

Com um total de 24 lojas por várias províncias, os espaços comerciais foram alienados na modalidade de Cessão de Direito de Exploração e Gestão num período de cinco anos, com opção de compra, sendo que se previa arrecadar mais de 5,181 mil milhões de kwanzas no processo. No entanto, o Instituto de Gestão de Activos e Participações do Estado (Igape) afirma ter arrecadado apenas 1,428 mil milhões de kwanzas e calcula-se que deixaram de receber 96 milhões de kwanzas por incumprimento das empresas vencedoras.

O concurso para a privatização foi realizado entre Outubro de 2021 e Junho de 2022, sendo que o Hipermercado Mangolé ficou com seis lojas de Luanda (Cacuaco, Frescangol, Golfo II, Kalemba II, Viana I, Luanda Sul) e uma de Caxito; a Pomobel ficou com as lojas do Lobito (Benguela), Malanje, Ndalatando (Cuanza-Norte), Soyo e Mbanza Congo (Zaire) e na província Uíge. A empresa Valoeste, por sua vez, ficou com as do Sumbe (Cuanza-Sul), Benguela, Lubango (Huíla) e Huambo. Já a Anil venceu as do Kuito (Bié), Menongue (Cuando-Cubango), Sambizanga (Luanda), enquanto as empresas Dilong e as Mais Valor ficaram com as lojas de Cabinda e Namibe, respectivamente. Responsáveis da Valoeste confirmaram que estão a efectuar obras dos supermercados e que aguardam por uma resposta do Igape sobre se podem alterar o nome.