Administração da TCUL afirma desconhecer razões do ‘motim’, trabalhadores dizem-se “saturados”
Pelo menos 18 trabalhadores envolvidos no encerramento dos portões foram detidos, tendo dois dos quais sido “severamente torturados” por agentes do SIC, segundo fonte sindical. Efectivos do Serviço de Investigação Criminal terão exigido que os funcionários confessassem que teriam sido orientados por membro da direcção da empresa.
A administração da empresa de Transportes Colectivos Urbanos de Luanda (TCUL) afirma, em comunicado, desconhecer as razões que levaram os trabalhadores a fechar os portões da base da empresa em Viana nesta segunda-feira, 11, impedindo a saída dos autocarros, mas fonte ligada aos trabalhadores conta ao Valor Económico que a acção resulta do estado de “saturação” em que se encontram.
Apesar de a acção não ter sido ordenada pela comissão sindical da TCUL, o representante da CGSILA na empresa, José Panzo, refere que o comportamento demonstra o “nível de frustração” dos trabalhadores por não serem ouvidos pela direção e conta que há trabalhadores que estão a ser expulsos por embarcarem passageiros na porta traseira.
“Quando vemos chefes de departamentos e directores que estão ligados a actos ilícitos, desvios e sobrefacturação que não são exonerados e quando são exonerados não há nenhum processo disciplinar nem processo judicial, todas estas questões estão a desgastar os trabalhadores. Por exemplo, os agrônomos e veterinários na TCUL estão a auferir um salário melhor do que um técnico mecânico, mas o objecto social da empresa é transporte”, denuncia o também secretário da comissão sindical dos trabalhadores.
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