Angola é exemplo na venda de marfim
BIOLOGIA. A ONG francesa ‘Robin des Bois’ (Robin Hood) felicitou o Ministério do Ambiente pelas acções e esforços no combate à caça e ao comércio ilegal de espécies. A associação destacou a proibição das bancadas de venda de peças de marfim no mercado do Benfica.
A ‘Robin des Bois’ elogia o compromisso de Angola em encerrar o mercado interno de marfim bruto e esculpido, ocorrido oficialmente nas comemorações do Dia Mundial do Ambiente (5 de Junho) no mercado do Benfica, em Luanda, informou o site do Ministério do Ambiente.
O mercado encerrou as bancadas de vendas de peças de marfim, bem como a queima de marfim apreendido nos vários pontos fronteiriços. O ex-administrador do mercado, João Isabel, confirmou, em entrevista ao jornal Nova Gazeta, que a praça já não vende marfim “desde que o país aderiu à Convenção Internacional de Espécies em Vias de Extinção (CITES)”.
De acordo com a ONG, a acção de Angola “é de coragem” e confronta aqueles que não estão preocupados com o interesse geral e patrimonial e o valor cultural de espécies selvagens. “Definitivamente, os tempos mudaram para todos aqueles que agem para a extinção dos elefantes”, lê-se na carta.
A ONG aplaudiu o compromisso de Angola a favor dos elefantes e reafirma o seu apoio na adopção de propostas relativas ao comércio interno, destruição de ‘stock’ ilegal e reformulação da lista de todos os elefantes, incluídos no apêndice nº I na CITES.
A ‘Robin des Bois’, fundada em 1985, defende o ambiente e segue diariamente os casos de caça ilegal de elefantes e contrabando de marfim relatados por entidades públicas em França, seja pela imprensa local como através de ONG nacionais e internacionais. Como parte do seu trabalho, publica trimestralmente um boletim informativo ‘The trail’, com informação e análises a respeito da caça e comércio ilegais de espécies.
Um dos objectivos é informar sobre as dificuldades enfrentadas por cada Estado no seu território e os meios utilizados para proteger os elefantes e animais selvagens. O encerramento dos mercados domésticos, a destruição de ‘stocks’ de marfim ilegais e o reforço das sanções são as três medidas essenciais necessárias para conter a caça ilegal e o contrabando.
Em França, a ONG tem contribuído com o Ministério do Ambiente para terminar com o comércio interno de marfim bruto e esculpido, “com excepção ou limitado as antiguidades genuínas” esculpidas “de forma excepcional”. Esta medida poderá estender-se a todos os países da União Europeia, segundo a carta.
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