Apple lança linha de iPhone XS
TIC. Até ao final de 2018, a empresa poderá lançar ainda três novos modelos de iPhone e outras versões do iPad Pro, além do carregador sem fio AirPower.
A Apple procedeu, na passada semana, ao lançamento de uma série de novos produtos, pondo fim a um ano de pequenas actualizações e preparando a gigante da tecnologia para um quarto trimestre potencialmente forte.
A companhia deu a conhecer a nova geração de iPhones: Xs, Xs Max e Xr. O Xs conta com duas versões. A mais pequena tem um ecrã de 5,8 polegadas (é conhecida simplesmente por Xs) e a outra está equipada com um ecrã 6,5 polegadas (o maior de sempre num iPhone), que ocupa praticamente toda a parte frontal do telemóvel. Chama-se Xs Max. “De longe o mais avançado iPhone de sempre”, garantiu o presidente executivo da Apple, Tim Cook.
O tamanho dos ecrãs tem o objectivo de melhorar a experiência de vídeo ou de jogo, mas também de navegação na internet ou de utilização dos mapas. Mas a maior mudança é interna: o processador A12 Bionic vai permitir aumentar a capacidade de processamento do telemóvel e melhorar a experiência de realidade aumentada. Os novos iPhones podem ter até 512 GB (com capacidade para largos milhares de fotografias).
A câmara dupla traseira é de 12 megapixéis e a frontal tem sete megapixéis. Os telemóveis são também compatíveis com dois cartões SIM (sendo um deles virtual) e contam com melhorias ao nível de bateria: a versão Xs Max aguenta mais uma hora e meia do que o iPhone X, de acordo com a empresa.
Há também uma versão com um preço mais baixo, a Xr. Tem um ecrã de 6,1 polegadas e também não tem um botão físico, que foi imagem de marca das primeiras versões do iPhone. A câmara é única, mas mantêm os 12 megapixéis dos ‘irmãos’ Xs e Xs Max.
É com estas novidades – com preços que começam nos 879 euros (na versão Xr) e nos 1.279 euros (na versão Xs Max) – que a Apple tenta captar consumidores num mercado de smartphones que encolheu 1,8% no segundo trimestre do ano.
A apresentação dos novos dispositivos da Apple aconteceu numa altura em que a empresa foi ultrapassada pela chinesa Huawei na segunda posição no que toca às vendas de smartphones. Ao crescer 40,9% num ano, a maior produtora de dispositivos móveis da China abafou o crescimento de 0,7% dos smartphones da Apple. Nesta lista, a sul-coreana Samsung mantém-se na primeira posição com 20,9% do mercado. A Huawei tem 15,8% e a Apple, 12,1%.
Os vários modelos de iPhone foram responsáveis por 61,6% da facturação da empresa no ano passado, altura em que se venderam 41,3 milhões de iPhones.
Depois de Steve Jobs ter lançado a primeira geração do iPhone em 2007 – garantindo então que a Apple tinha reinventado o telefone –, o futuro dos smartphones acabou por ser moldado pelas inovações introduzidas por estes dispositivos. Ainda hoje, o produto de mais sucesso da Apple continua a viver na base da sua premissa inicial: um dispositivo multimédia com controlos tácteis, um telefone e um dispositivo de navegação na Internet.
Nem só de iPhone se faz a Apple
Tim Cook salientou que era da empresa o “relógio número um do mundo”. O novo Apple Watch foi apresentado como um “guardião inteligente da saúde” dos utilizadores. Coube ao director de operações da empresa, Jeff Williams, apresentar a “nova vida” do smartwatch. Entre as novidades da nova versão – conhecida como Series 4 – está um ecrã maior (35% maior do que a versão anterior), uma maior capacidade de personalização, um electrocardiógrafo incorporado e um detector de quedas dos utilizadores, que liga automaticamente para o número de emergência. E houve lugar a uma promessa: “Os dados [pessoais] estão protegidos”.
Até ao final de 2018, a empresa de capital aberto mais valiosa do mundo vai lançar três novos modelos de iPhone, novas versões do iPad Pro, relógios Apple Watch com telas maiores, um novo laptop básico com uma tela mais nítida, um computador Mac mini para profissionais e novos acessórios, como o carregador sem fio AirPower.
O lançamento dos produtos aconteceu no Auditório Steve Jobs, que fica na sede da empresa, Apple Park, em Cupertino, na Califórnia. O foco são os novos modelos de iPhone da Apple.
O iPhone continua a ser o produto mais importante da companhia, porque gera dois terços da receita e estimula a compra de outros dispositivos da Apple, além de serviços como assinaturas de aplicativos, downloads de filmes e armazenamento iCloud.
Apesar da desaceleração do crescimento do mercado de smartphones, os preços mais elevados têm ajudado a Apple a continuar a expandir-se e a participação de mercado da companhia aumentou.
As tarifas impostas pelo presidente dos EUA, Donald Trump, aos produtos chineses ainda pairam. A Apple alertou, na semana passada, que isso poderia elevar os preços de alguns produtos mais populares, como Watch e AirPods.
Os novos aparelhos podem aumentar o preço médio de venda do iPhone, o que elevaria a receita e os lucros, e expandir o total de dispositivos activos da Apple que sustentam a venda de acessórios e serviços digitais.
No entanto, nenhum dos modelos terá recursos extremamente inovadores, já que as mudanças mais significativas estão planeadas para o ano que vem.
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