CRISTINA FLORÊNCIA VAN-DÚNEM LIDERA O CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

BPC com novos administradores

O Presidente da República nomeou ontem uma nova administração para o Banco de Poupança e Crédito, uma das maiores instituições bancárias do país e que está em processo de reestruturação.

De acordo com uma nota da Casa Civil do Presidente da República enviada à imprensa, José Eduardo dos Santos exonerou a actual administração, liderada por Paixão Júnior, e nomeou como presidente do conselho de administração e administradora não executiva, Cristina Florência Dias Van-Dúnem, que até maio foi vice-governadora do Banco Nacional de Angola.

O documento refere que foi nomeado uma nova comissão executiva do conselho de administração, presidida por Zinho Baptista Manuel. Os administradores não executivos foram ainda nomeados Rosa José Silvério Correia Victor, Júlio Ângelo da Cruz Correia, Djamila Hugette da Silva de Almeida Prata e Alcides Horácio Frederico Safeca.

Para administradores executivos, foram designados João António Freire, Sebastião João Manuel, Sandra da Cunha Baptista, João Domingos dos Santos Ebo, Pedro Sérgio da Costa Pitta Groz e Carlos Manuel de Carvalho Rodrigues.

A Lusa recorda que o Ministério das Finanças anunciou no final de outubro de 2015 o apoio do Banco Africano de Desenvolvimento ao processo de reestruturação do BPC, através de uma linha de crédito para financiar o plano de desenvolvimento do banco público e o alargamento da sua carteira de empréstimos para 800 milhões de dólares nos próximos cinco a sete anos.

A par do empréstimo, aquele grupo africano vai ainda apoiar o BPC na aplicação de um sistema de gestão de riscos.

O BPC conta com mais de 5.200 trabalhadores e 400 agências para um total de clientes superior a 2,2 milhões, mas viu os resultados líquidos descerem quase 7% de 2014 para 2015, para 8.289 milhões de kwanzas.

Do total de crédito contabilizado até ao final do ano passado pelo BPC, 218.418 milhões de kwanzas correspondem a crédito vencido, por sua vez um aumento de quase 84% igualmente em dois anos e 16,1% tendo em conta o registo de 2014.

O banco tem constituídas provisões de 6,1% sobre o total do crédito concedido, ainda assim o dobro de 2014, mas abaixo dos 08% de 2013, apresentando um rácio de solvabilidade no final de 2015 de 11,3%.