ANGOLA GROWING
Primeiro semestre com facturação de 280 milhões de dólares

Diamantes aumentam receitas ficais

As receitas fiscais angolanas com a venda de diamantes aumentaram quase 4%, o equivalente a 280 milhões de kwanzas, no primeiro semestre, face ao mesmo período de 2016.

A informação resulta de dados do Ministério das Finanças compilados hoje (26) pela Lusa sobre a arrecadação de receitas diamantíferas entre Janeiro e Junho de 2017, apontando que o país vendeu em seis meses 4.712.584 quilates, que renderam 7.566 milhões de kwanzas em receitas fiscais, como Imposto Industrial e ‘royalties’ pagos pelas empresas mineiras.

As vendas globais no primeiro semestre de 2017 ascenderam a 517 milhões de dólares período em que Angola chegou a exportar cada quilate a um preço médio de 123 dólares, pico atingido em Março. Contudo, nos primeiros seis meses de 2016, as vendas globais de diamantes ascenderam a 525 milhões de dólares, uma quebra homóloga de 1,5%.

Os diamantes renderam ao país 1.082 milhões de dólares em 2016, uma redução de 100 milhões de dólares (86,7 milhões de euros) comparativamente a 2015, segundo dados avançados em Dezembro passado pelo ministro da Geologia e Minas, Francisco Queirós.

"Em 2016, o subsector dos diamantes registou um bom desempenho no que se refere à produção industrial, tendo-se registado uma diminuição considerável no mercado artesanal motivado pela escassez de divisas no mercado cambial", explicou o ministro. A produção total de diamantes atingiu os 8.934.000 quilates, correspondente a 99,21% da meta corrigida de 2016.

"Se não tivesse havido uma diminuição considerável na produção artesanal de quase 60% da produção, o volume total de diamantes este ano teria ultrapassado a meta e atingido cerca de 102% da cifra programada", disse o governante.

Francisco Queirós anunciou anteriormente a entrada em operação do maior kimberlito do mundo, o Luaxe, na Lunda-Sul, e de outros projectos de média e pequena dimensão nas províncias diamantíferas das Lundas-Norte e Sul, de Malanje, do Bié e do Kuando-Kubango, o que levará à duplicação da produção diamantífera anual a partir de 2018.