E agora pergunto eu...
Depois de mais de uma semana de lutas embaraçosas por um corpo que em vida foi ignorado e maltratado nos seus derradeiros anos, depois de décadas de deificação incansável da parte dos camaradas, a palavra que me veio à mente é de um livro daquelas colecções de alfarrabista tão antigas que têm as páginas castanhas e cheiram a guardado.
Em Luanda não se vêm muitos alfarrabistas, vendedores de livros antigos, o que é uma infelicidade terrível... mas voltando à tal colecção que também versava sobre “O Riso” e sobre mais alguns temas do foro filosófico, a verdade é que li esse livro há tantos anos que não me consigo recordar do título e autoria dos ensaios que, provavelmente por serem tão antigos, nem a internet ajudou a encontrar.
Mas é curioso como alguns livros nos marcam, que mesmo quem tem má memória (como é o meu caso) não se esquece e acaba tocado e moldado por eles.
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