Seja bem-vindo querido leitor a este seu espaço onde perguntar não ofende depois de uma semana em que a actualidade mundial foi marcada pelo anúncio da morte do conhecido líder do grupo militar privado Wagner, o famoso Yevgeny Prigozhin, (que de tão perigoso não faltam teorias da conspiração a duvidar da morte e a lançar boatos), pela breve detenção do ex-presidente americano Donald Trump que é acusado de conspiração para alterar o resultado das eleições presidenciais de 2020 e, marcada, mais de leve, pela reunião dos Brics na África-do-Sul.  

Se o querido leitor se pergunta como é que foi possível o nosso ‘viajante mor’, que se faz presente em todas as ‘festas’, não ter lá ido passear os sapatos pele de crocodilo, a resposta poderá estar naquele que é provavelmente o único traço que une os integrantes do bloco... O bloco dos BRICs é compostos pela Índia, Rússia, Brasil, África do Sul e China, sendo que uma das decisões desta cimeira é a de que vão entrar mais membros nomeadamente Arábia Saudita, Egipto, Emirados Árabes, Argentina e Etiópia, e provavelmente o único traço comum a todos estes países é, num momento ou outro, terem maldito o domínio do ‘xerife mundial’ que dita as regras em quase todo o mundo e classifica os integrantes do que denomina “o eixo do mal” - os EUA. É por este traço comum que talvez seja natural que o nosso chefe não estivesse autorizado a ir a esta festa onde a companhia fala mal do chefe dele. Que diferente seria se o interesse primário do chefe do chefe fosse o bem-estar dos angolanos... seria tão diferente que provavelmente há um ano, que também se assinalou na semana que passou, os resultados das eleições talvez tivessem sido igualmente diferentes. Caso os interesses dos chefes do nosso chefe coincidissem com os do país, provavelmente veríamos um governo a trabalhar também com o propósito de melhorar a vida dos angolanos, mas, como cada um cuida de si e dos seus interesses, eis que temos as prioridades governativas todas invertidas, focadas em renovações de frotas e supérfluos afins.

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