E agora pergunto eu...
Seja bem-vindo querido leitor a este seu espaço onde perguntar não ofende, depois de uma semana em que estivemos todos a torcer pela selecção de Angola. O futebol, ocupou a grande parte do espaço mediático, quer com a prestação dos Palancas que encheu a nação de orgulho e que vale apesar da derrota por ter surpreendido pela positiva, quer com a consciência dos jogadores que não só deram uma lição aos nossos dirigentes a lembrar de coisas importantes como a fome, como no meio de tanto prémio que já veio tarde e em jeito de aproveitamento do seu trabalho, pediram apenas a presença da claque, demonstrando que jogam muito para elevar a alma e autoestima do país. Do lado oposto desse orgulho esteve esse aproveitamento feio em cima do descrédito e esquecimento a que havia sido votada a selecção, e esteve a ministra dos desportos a oferecer de “presente” - qual cheerleader aos pulinhos - à mão que a alimenta, uma prestação que não foi sua e que por isso não tinha o direito de oferecer... há coisas que não lembram ao diabo... “mais um presente para o presidente”... imagine o querido leitor que aquele combate à bajulação prometido no início da era João Lourenço fosse sério, o que seria da criatura... a pergunta sobre se ‘a derrota é também oferta para o presidente’ era expectável...
Fora o futebol e as suas diversas manchetes, as suas felicidades e os seus infortúnios, pouco mais marcou a actualidade nacional talvez fora a autorização pelo presidente da República da criação de um observatório para a imigração (com I) e que leva a perguntar se não vale a pena a criação de um observatório para a emigração (com e). Em vez de estar só preocupada com quem entra, a governação devia estar ainda mais preocupada com as toneladas de angolanos que saem, e com o outro tanto que só sonha sair, com os quadros essenciais ao país e que fogem - gerações inteiras - devido essencialmente à má governação. Uma governação que sobretudo faz o oposto do que têm feito os Palancas na sua prestação na CAN e em vez de oferecer esperança - sugam-na completamente ao ponto de os angolanos perderem a esperança no futuro da sua própria terra... E uma das formas principais de sugar essa esperança no país, no futuro do país, é a falta de reconhecimento dos problemas porque não se resolve um problema que não se reconhece.
Para ler o artigo completo no Jornal em PDF, faça já a sua assinatura, clicando em ‘Assine já’ no canto superior direito deste site.
BCI fica com edifício do Big One por ordem do Tribunal de...