E agora pergunto eu...
Seja bem-vindo querido leitor a este seu espaço onde perguntar não ofende depois de uma semana em que a actualidade mundial foi marcada pela morte do opositor de Putin, Alexei Nalvany, que estava sob custódia do Estado, na prisão onde cumpria uma pena de 19 anos acusado de actividades extremistas. Esta morte, numa altura em que estão marcadas eleições na Rússia para março, podia bem reflectir negativamente na candidatura de Putin... no entanto, sendo a Rússia a Rússia e Putin - Putin, a probabilidade desse reflexo ser insuficiente para que o poder mude de mãos continua a aparentar não ser significativa...
As autocracias não costumam ser positivas para a saúde da maioria e certamente não o são para a saúde da oposição, dos críticos do regime ou daqueles que por alguma conveniência momentânea de serviço caem nas suas malhas...
E vem esta conveniência momentânea propósito da última vergonha a que a nação está a ser exposta a nível internacional depois do Grupo de Trabalho das Nações unidas sobre Detenções Arbitrárias ter concluído que a detenção do empresário luso-angolano Carlos São Vicente foi arbitrária; ter apelado à sua libertação imediata; ter concluído que a detenção violou a Declaração Universal dos Direitos Humanos e o Pacto Internacional sobre os Direitos Civis e Políticos e determinado que o empresário merece compensação pelas agruras. Ele que também terá, segundo os seus advogados, visto a sua saúde deteriorar-se e ficar muito debilitada depois de ser atirado na Cadeia de Viana sem água nem condições básicas saneamento como vive o resto da população carcerária, foi evidentemente vítima de alguma conveniência de serviço... Entre a altura em que o Estado respondeu à Suíça dizendo maravilhas do empresário e que não havia motivo para processos e os dois meses depois em que foi decretada a prisão do homem com toda a fanfarra mediática possível, tem de ter surgido alguma conveniência momentânea de sumária emergência...
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